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Imagem de @newhappyco


Na semana passada meu chefe compartilhou comigo essa excelente entrevista que a Adlatina Group realizou com o CSO da Gut Buenos Aires, Javier Quintero. Eu me identifiquei bastante com várias coisas, mas, em especial, com uma das suas respostas quando lhe foi perguntado sobre os desafios da gestão estratégica nos dias de hoje. Aqui está o que ele disse:


"Os desafios que as marcas enfrentam hoje exigem vários conhecimentos, habilidades e dinâmicas diferentes. A parte mais divertida e complexa de trabalhar em estratégia, eu acho, tem a ver com a mesma coisa. Trabalhar com perfis híbridos, em processos de trabalho não lineares em que a metodologia é muitas vezes descoberta à medida que avança: esse é um dos maiores desafios da função (...)"


Bem, comigo muitas vezes é assim: descubro a melhor forma de realizar o trabalho na medida em que começo a fazê-lo. É no ato de fazer que vou encontrando padrões, significados e isso me permite identificar a melhor metodologia.


Lendo a entrevista ficou claro pra mim que a metodologia é descoberta, muitas vezes, na medida em que se avança, especialmente quando se trabalha com uma equipe de profissionais híbridos. E isso me deu até um certo alívio. Ufa!


Acho que, como estrategistas, precisamos conhecer diferentes metodologias e ampliar nosso repertório. E não é difícil fazer isso, pois atualmente temos inúmeras metodologias disponíveis no mercado. Por exemplo, você pode pesquisar no Google por "Design Kit" e conferir os métodos e processos de design da IDEO. Você pode também acessar a Untools e aproveitar a coleção de ferramentas e estruturas de pensamento para ajudá-lo a resolver problemas, tomar decisões e entender sistemas. Enfim, há muita coisa boa por aí.


Gosto do que Rodrigo Dorfman escreveu em um artigo para o Propmark: "metodologia não é aquela tia chata que entra para acabar com a festinha das crianças no play. Ao contrário, ela arruma o play para as crianças brincarem ainda mais".


Ao ampliar nosso repertório sobre diferentes metodologias, tornamos nossa caixa de ferramenta mais robusta e podemos escolher a ferramenta certa para realizar o trabalho. É aí então que a diversão acontece.

  • 23 de jan. de 2022
  • 2 min de leitura

“Os artistas invocam a Musa desde tempos imemoriais. E nisso há grande sabedoria. É um ato mágico nos despirmos de nossa arrogância humana e humildemente pedirmos a ajuda de uma fonte que não podemos ver, ouvir, tocar ou cheirar.”


O imperador romano Marco Aurélio também disse que, "com efeito, nada de humano realizarás bem sem que, simultaneamente, se relacione com o divino, tampouco o oposto".


Eu acredito muito nessa visão. Isso porque, em vários momentos, o trabalho foi um mistério para mim. Eu não sei bem como as coisas aconteceram, mas elas simplesmente aconteceram. E não só no trabalho, mas na vida em geral. No final, isso é o que importa, eu acho. Além disso, eu sempre me interessei pelo mistério.


Mas, voltando à leitura de Pressfield, na terceira parte de seu livro, Como superar seus limites internos: Aprenda a vencer seus bloqueios e suas batalhas interiores de criatividade, o autor aborda o Reino Superior e o que podemos aprender com as "forças psíquicas invisíveis que nos amparam na jornada rumo a nós mesmos". (Eu acho essa passagem tão linda!). Ele chamará essas forças de Musas e Anjos. E, para os mais céticos, que não se sentirem confortáveis com essa definição, ele sugere que pensem nelas como um "talento".


Mas como você pode se conectar com as musas e os anjos ou esse "talento" divino? Creio eu que cada pessoa encontrará a sua maneira de fazer isso. Uma delas poderá ser através de uma oração. Por exemplo, Pressfield conta que, toda manhã, antes de sentar-se para trabalhar, recita uma prece à musa, e que uma das coisas mais incríveis que aconteceram com ele, foi quando um sujeito chamado Paul Rink ensinou-o sua oração, a Invocação da Musa da Odisseia de Homero, na tradução de T. E. Lawrence. Veja a seguir:


“Ó Divina Poesia, deusa, filha de Zeus, entoa sem cessar para mim a canção do homem fértil em expedientes que, após destruir a mais protegida cidadela da sagrada Troia, errou penosamente pelas terras dos homens, conheceu seus costumes, bons e maus, enquanto seu coração, nessa peregrinação pelo mar, ardia na angústia de redimir-se e levar seus homens em segurança para casa. Esperança vã – para eles, os insensatos! Sua loucura os perdeu. Comeram as vacas do augusto Sol e esse deus os privou do regresso. Ó Musa, torna, em tudo, esse relato vivo para nós!”


Bem, hoje pela manhã, enquanto ouvia a canção Coffee de Beatrice Kristi Laus, também conhecida como Bea Kristi ou pelo nome artístico Beabadoobee, decidi datilógrafa-la em minha máquina de escrever. Espero recitá-la pelas manhãs, antes do trabalho. Assim como também espero que as musas sintam-se em casa por aqui.

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  • 1 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 6 de mar.


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"Interessa-me o mistério. Preciso ter um ritual para o mistério? Acho que sim. Para me prender à matemática das coisas." – Clarice Lispector


Sempre acreditei que era necessário algo a mais, além do esforço físico ou mental, para que as coisas acontecessem. Algo que não fosse tão prático e racional, mas que envolvesse uma esfera mais profunda cujo mistério eu não saberia desvendar tão facilmente.


É claro que, agora, estou pensando em Deus, na vida e na alma humana.


Também estou completamente aberto ao mistério, porque é nele que reside as perguntas mais profundas sobre o que é ser verdadeiramente um ser humano.

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