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“Como e onde vamos falar com os pais?”, perguntou um cliente em uma reunião. Na hora, alguém da equipe sugeriu alguma ideia que eu já nem me lembro, mas não tínhamos um exemplo claro e concreto de como fazer isso, pelo menos eu não tinha. O que descobri recentemente, lendo o jornal, é que ele é um ótimo meio para falar com os pais. Abaixo estão alguns exemplos de marcas que estão usando o jornal como canal para se comunicar com esse público por meio de seus anúncios.


Aqui está um anúncio do TikTok que vi na Zero Hora.


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Aqui está outro anúncio do TikTok que vi no Estadão.


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Aqui está um anúncio da Unisinos que vi na Zero Hora.

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Aqui está um anúncio do Colégio Farroupilha que vi na Zero Hora.


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Uma pesquisa conduzida pela agência de análise e inteligência de dados Ponto Map e pela V-Tracker, plataforma de social listening, citada em uma matéria do Valor Econômico, indica que os veículos tradicionais têm mais credibilidade do que as redes sociais e os influenciadores digitais.



O rádio é visto como o meio mais confiável (81%) pelos entrevistados. TV fechada (75%), TV aberta (69%), mídia impressa (68%) e mídia online (portais e sites de notícias) (59%) foram identificados como mais confiáveis para consumir informação do que WhatsApp/Telegram/Discord (51%), blogs (43%), redes sociais (41%) e influenciadores digitais (35%).

Diante desse contexto, se a sua marca precisa se comunicar com o público de pais por meio de uma mensagem que transmita confiança, os dados e os exemplos de outras marcas mostram que o jornal pode ser um excelente caminho para isso.

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Esses dias, no intervalo do almoço, tirei uns minutos para descansar. O sol estava ótimo. Então, Gabi e eu nos sentamos próximo à piscina para aproveitá-lo.


“A mente deve poder descansar — ela se levantará melhor e mais aguçada após uma boa pausa”, escreveu Sêneca em Sobre a Tranquilidade da Alma. “Assim como campos ricos não devem ser forçados — pois rapidamente perderão sua fertilidade se nunca lhes for dada uma pausa —, assim também o trabalho constante na bigorna fraturará a força da mente. Mas ela recupera seus poderes se for deixada livre e descansada por algum tempo. Trabalho constante dá origem a um certo tipo de embotamento e debilidade na alma racional.”


Descansar. Essa é uma palavra que parece estar quase “proibida” hoje em dia. É como se, para sermos relevantes, precisássemos estar sempre produzindo alguma coisa. Isso é um saco. Há momentos em que não quero fazer nada.


— Matilde Campilho


O problema é que: a imagem que você passa constrói quem você é para os outros. As marcas são construídas dessa forma e a sua marca pessoal também.


Embora eu queira descansar e todo mundo queira em algum momento, mostrar que estou descansando não é a melhor imagem que eu poderia estar passando, especialmente na sociedade atual, a sociedade do desempenho.


“A sociedade disciplinar de Foucault, feita de hospitais, asilos, presídios, quartéis e fábricas, não é mais a sociedade de hoje”, escreveu Byung-Chul Han em Sociedade do Cansaço. “Em seu lugar, há muito tempo, entrou uma outra sociedade, a saber, uma sociedade de academias de fitness, prédios de escritórios, bancos, aeroportos, shopping centers e laboratórios de genética. A sociedade do século XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma sociedade de desempenho.”


O que vou dizer agora pode parecer inusitado. Uma vez recebi uma proposta de trabalho na DM do Instagram. Eu tinha seguido a pessoa que me fez essa proposta no LinkedIn e posteriormente no Instagram também. Ela me mandou uma mensagem falando que eu a tinha seguido e que o meu perfil tinha chamado bastante a atenção dela para uma vaga que ela tinha em aberto. Foi uma surpresa. Ela não me conhecia pessoalmente. Ela tinha apenas uma imagem de quem eu era a partir do que ela viu no meu perfil. Não que o que estivesse no meu perfil não fosse quem eu era; pelo contrário, era, e era bastante.


Isso é um ponto importante: você pode construir a imagem que você quer de você para os outros. Mas ela só vai se sustentar se for verdadeira.​​​​​​​​​​​​​​​


Dito isso, você pode pensar conscientemente em três coisas: 1. quem você é; 2. o que você faz que ajuda a expressar quem você é; 3. como você mostra isso às pessoas de modo que construa a imagem que você quer para você.


Aqui está um framework que desenvolvi usando o Diagrama de Venn que pode ajudá-lo a olhar para isso.


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Se você não quiser que as pessoas tenham uma imagem qualquer de você, pode conscientemente tentar construí-la, como as marcas fazem o tempo todo. Não se esqueça de descansar no processo.

Vi um tweet bem interessante da Victoria Buchanan falando sobre a direção criativa da Loewe SS26 por Jack McCollough e Lazaro Hernandez. "A IA não conseguiria replicar isso. É preciso estilo, bom gosto e um conhecimento profundo de como cor, gesto e nostalgia interagem para criar imagens tão impactantes!", escreveu Victoria.


Ela disse isso se referindo às imagens abaixo:


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Sim, esse trabalho está lindo. Eu concordo com a Victoria de que a IA dificilmente chegaria a algo parecido. Pelo menos ainda hoje.


Um tempo atrás escrevi um tweet dizendo que o princípio da diferenciação é fazer o que os outros não estão fazendo. Se todos estão fazendo coisas com IA neste momento, talvez devêssemos voltar a fazer coisas sem IA e ver onde isso pode nos levar.


A Uncommon, um estúdio criativo que tem feito trabalhos incríveis, tem uma frase que eu acho maravilhosa: “Stop wanging on about A.I. and make some good work.”


Fazer um bom trabalho deveria ser a nossa maior preocupação. Independentemente de usar ou não usar IA.


Eles colocaram essa frase numa ecobag. Eu salvei essa imagem porque me identifiquei muito com o ponto de vista deles.


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O que a Loewe está fazendo agora também é um pouco sobre isso: fazer com que as pessoas se identifiquem com o seu ponto de vista. Criar o início de um diálogo com o público e uma nova energia para a marca. "Estamos encarando isso como o início de um processo", disse Jack McCollough à Vogue. "Nesta primeira temporada, o importante é acertar a vibe..."

Cada criação é um fragmento das intenções que lançamos ao mundo. “Queremos que pareça desejável”, disse Jack McCollough à Vogue. “Queremos que sejam roupas com as quais as pessoas possam se imaginar vivendo.”


Cada trabalho deve ter sua própria intenção. Um bom trabalho começa com um ponto de vista. Um ponto de vista poderoso que leve todos os envolvidos na direção certa.

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