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  • 19 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

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São tempos esquisitos. Sentimo-nos ansiosos, tristes e preocupados. O amanhã mostra-se cada vez mais incerto. Tudo muda em uma velocidade exponencial. Não conseguimos acompanhar todas as mudanças. Era para conseguirmos? Nossa saúde está por um fio. De quem é a culpa? Nas redes sociais, o tempo todo, comparamo-nos uns com os outros. Em busca de aprovação, mais uma vez, sentimo-nos tristes. No trabalho, nossa carreira parece confusa. Às vezes, não temos certeza do que estamos fazendo. Deveríamos ter? O senso comum diz que vivemos um novo normal. A realidade diz que vivemos uma pandemia, uma crise política e econômica. Nossos amigos estão longe. Nossos familiares estão afastados. Pessoas perderam seus empregos. Pessoas perderam suas vidas. Não conseguimos nos abraçar e contar nossas angústias. Live não é festa. Chamada de vídeo não é abraço. Virtual não é vida real. E o que podemos fazer? A melhor coisa que podemos fazer é respirar fundo e seguir em frente.


“Siga em frente trabalhando. Siga em frente brincando. Siga em frente desenhando. Siga em frente olhando. Siga em frente ouvindo. Siga em frente pensando. Siga em frente sonhando. Siga em frente cantando. Siga em frente dançando. Siga em frente pintando. Siga em frente esculpindo. Siga em frente projetando. Siga em frente compondo. Siga em frente atuando. Siga em frente cozinhando. Siga em frente procurando. Siga em frente caminhando. Siga em frente explorando. Siga em frente doando. Siga em frente vivendo. Siga em frente prestando atenção. Siga em frente com seus próprios verbos, quaisquer que sejam. Siga em frente”, escreveu Austin Kleon.


Gosto de pensar que depois da chuva sempre vem o sol. Amanhã será um novo dia. E, novamente, poderemos seguir em frente.


P.S.: escrevi este texto porque precisava colocá-lo para fora e lê-lo. Essa é a verdade. Precisava dizer para mim mesmo que vai ficar tudo bem. Além disso, na maioria da vezes, "eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida", disse Clarice Lispector.

  • 5 de ago. de 2020
  • 1 min de leitura

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Parece petulância da minha parte dizer que todo sentimento é primeiro pensamento. Mesmo assim, acho válido considerar essa ideia. Afinal, de onde vem os sentimentos, do coração ou do cérebro? Acho que de ambos, no entanto, é como se alguns sentimentos fossem irreais. Eles existem apenas porque pensamos que eles existem, mas não são verdadeiros.


Você já sentiu tristeza sem motivo?


O autor americano e especialista em Budismo Tibetano, B. Alan Wallace, disse uma vez:


“Se escrevesse um breve sumário sobre o tipo de pessoa que você é, essa seria uma representação daquilo em que você está prestando a atenção, não necessariamente daquilo que é real.”


Acredito que o mesmo vale para os sentimentos. Alguns sentimentos são honestos e verdadeiros, outros existem apenas enquanto (e porque) prestamos atenção.


Então, quando você estiver se sentindo triste, procure entender se esse sentimento é real ou um pensamento traiçoeiro. É bem provável que seja o último caso.


Tudo isso é novo para mim. Na verdade, trata-se de um primeiro passo, uma reflexão. Como observa B. Alan Wallace, "se quisermos ter sucesso na busca pela felicidade e pela liberação do sofrimento, temos que observar de que maneiras os sentimentos surgem".

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